Presidente do Sescon-SP defende o sepultamento da PEC 45 e o reforço à importância das micro e pequenas empresas
Durante o encontro organizado pelo grupo Diálogo Tributários, o economista Marcos Cintra defendeu a união das entidades para cobrar do Legislativo agilidade na aprovação da reforma, com um texto que desonere a carga da folha de pagamento, simplifique o sistema e reduza o chamado Custo Brasil. Cintra defendeu que o setor de serviços precisa se unir e mostrar sua posição. “Vamos apoiar uma proposta nos moldes do Simplifica Já, ajustado às nossas necessidades”, disse.
O presidente do Sescon-SP, Reynaldo Lima Jr. defendeu o sepultamento da PEC 45 e o reforço à importância do Simples Nacional. “Temos que fazer um trabalho nas nossas bases de convencer os deputados que a PEC 45 é o caminho errado. O simples é ruim, mas é pior acabar com ele. Temos quer dar essa informação. Vamos contrapor os argumentos deles, porque o trabalho que eles fizeram foi muito forte. Temos também que esclarecer a imprensa que eles são prestadores de serviços e vão pagar a conta”, afirmou Lima.
O presidente do Sescon-SP defendeu ainda agregar ao debate nomes fortes que defendem o Simples, como o assessor especial do Ministério da Economia Guilherme Afif e o presidente do PSD Gilberto Kassab e agregar também a Frente Parlamentar da Microempresa. “Acabar com o Simples onde estão incluídas 92% das empresas é uma loucura”, concordou Cintra.
O presidente da Febrac, Renato Fortuna reforçou que os deputados, de maneira geral, não têm muito conhecimento dos projetos que estão em discussão. “É preciso fazer um trabalho de sensibilização sobre a nossa preocupação com o impacto da reforma no setor de serviços e no emprego”, disse.
Os participantes da reunião foram unânimes em defender a união de forças políticas incluindo o sub-relator da Comissão da Reforma Tributária Major Olympio, o presidente da Frente Parlamentar do Comércio Efraim Filho, e da dos Serviços Laércio Oliveira.
Emerson Casali lembrou que o presidente da Câmara Arthur Lira já disse que haverá espaço para mudanças no texto da reforma tributária. “Ainda não está certo se vai avançar o projeto da CBS ou PEC 45, mas em ambos os casos devemos defender alíquotas diferenciadas ou desoneração da folha. O ministro Paulo Guedes claramente tem preocupação com aumento de impostos para o setor de serviços e foi simpático à proposta de alíquotas diferenciadas”, lembrou Emerson.
Cintra acha que falta ao setor de serviços trabalhar em torno de um projeto concreto e que esse projeto pode ser o Simplifica Já, com algumas alterações. O presidente da Cebrasse João Diniz acredita que o texto será construído a partir das PECs 45 e 110, mas que é preciso defender o Simplifica Já. “E como Plano B, se não tivermos como fugir da PEC 45 e 110, a defesa deve ser desoneração da folha e alíquotas diferenciadas para o setor que não tem como creditar na cadeia”, explicou.